04/03/2008

Check-up Já!


Check-up & Saúde.

A maioria dos brasileiros ainda não adquiriu o hábito de fazer, periodicamente, um check-up para saber como anda a saúde. Para a maioria da população, não sentir nada significa estar bem. Ledo engano, pois é por meio desse exame que pode ser detectada uma série de doenças, que ainda não se manifestaram. Fazendo uma avaliação completa, pode-se também evitar que se inicie, tardiamente, o tratamento para um determinado problema ou que esse seja mais complexo, com possibilidades de recuperação reduzidas.

De acordo com o endocrinologista e metabolista Paulo Fernando Meira, entende-se por check-up uma avaliação médica e laboratorial visando à detecção de possíveis alterações ou doenças que possam estar ocorrendo em nosso organismo, mas que ainda não se manifestaram de forma aparente. Titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e integrante da Sociedade Brasileira para Estudo da Obesidade e da Sociedade Brasileira de Diabetes, Paulo Fernando explica que a criança também pode fazer essa avaliação. O intuito é avaliar se a criança vem crescendo adequadamente, se o peso está correto e se não existe nenhuma deficiência nutricional.


Na adolescência, pode-se avaliar se o desenvolvimento puberal ocorre dentro dos parâmetros normais. A partir dos 20 anos, a preocupação deve ser com as chamadas doenças crônicas não-transmissíveis, como o diabetes, hipertensão arterial, alterações do colesterol e triglicérides, alterações no peso corporal. “De posse desses dados, é possível prevenir várias doenças”, alerta o médico.


Outra forma de check-up são os exames preventivos, como avaliação ginecológica, mamografia, densitometria óssea, teste ergométrico. “O mais prematuro dos exames de check-up é o teste do pezinho, que deve ser feito entre sete e 10 dias depois do nascimento do bebê, no qual se pesquisa a presença do hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria (deficiência genética caracterizada pela falta de uma enzima, impedindo que o organismo metabolize e elimine o aminoácido fenilalanina. Este, em excesso no sangue, é tóxico, atacando principalmente o cérebro e causando deficiência mental, entre outros problemas).

Interpretação.



Não existe uma fórmula mágica para um check-up, por isso, é preciso contar com a análise de um especialista, que, depois de avaliação clínica criteriosa, possa indicar os exames mais adequados ou interpretar aqueles já solicitados em uma consulta de rotina por qualquer profissional médico. “Normalmente, são dosados glicemia, colesterol total e fracionado, hemograma, acido úrico, TSH, creatinina, hormônios feminino ou masculino, urina rotina, pesquisa de sangue oculto nas fezes, além de outros exames específicos para cada caso”, informa Paulo Fernando.


O check-up permite descobrir muitas doenças, sendo a mais comum o diabetes mellitus. “Recentemente, coordenei uma campanha na qual realizamos 1,4 mil exames de glicemia, colesterol e triglicérides, além de medir e pesar cada paciente, aferir a pressão arterial e fazer a medida da circunferência abdominal. Encontramos números assustadores: 50 pessoas tinham diabetes, sem ao menos saber que estavam com a doença. Eram indivíduos em risco de descompensação aguda da glicose, que só descobririam durante uma possível internação em caráter de urgência”, alerta o especialista.


O endocrinologista ressalta que doenças como o câncer também podem ser reveladas no check-up, principalmente o de colo de útero, de mama e leucemias. Paulo Fernando esclarece que, caso alguma doenças seja detectada durante o exame, é necessário repeti-lo para posterior certificação. “O exame de check-up é apenas um rastreador. Vários males podem estar inter-relacionados ou as alterações apresentadas nos exames laboratoriais podem fazer parte de doenças mais complexas. Por isso, sempre que se detecta uma alteração ao fazer o exame, é fundamental a avaliação do médico. Jamais, em tempo algum, irá substituir a presença e a avaliação criteriosa e detalhada de um especialista. Como se diz na prática da medicina, a clínica é soberana e nada substitui o médico.”

Exames Femininos!


• Papanicolau


É um dos métodos mais eficazes para pesquisar a existência de câncer de colo do útero, infecções e doenças sexualmente transmissíveis. Deve ser realizado anualmente.
O exame é feito no consultório. A paciente deita-se em uma cama especial de exame ginecológico, e o médico colhe amostras de secreção das partes interna e externa do colo do útero e envia o material coletado ao laboratório para análise.


• Mamografia


Os seios sofrem uma pressão para que não haja sobreposição de tecidos. Logo depois é disparado o raio X.
Os tecidos normais se apresentam diferentes dos quistos, que são mais densos e aparecem como sombras.
As imagens geradas são gravadas em um filme que será revelado posteriormente ou podem ser capturadas por um detector eletrônico especial de raio X

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Exames Masculinos


• Exame de próstata


A próstata é uma glândula e está localizada abaixo da bexiga. Com o aumento da idade a probabilidade de funcionamento celular anormal cresce. Os exames de PSA e de toque retal, quando recomendado, devem ser feitos periodicamente. O PSA é feito com uma amostra de sangue analisado em laboratório. Níveis elevados de PSA podem indicar existência de câncer na próstata

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"Check-up"


• O que é?


Entende-se por check-up uma avaliação médica e laboratorial que visa à detecção de possíveis alterações ou doenças que possam estar ocorrendo no organismo, mas que ainda não se manifestaram de forma aparente.


• Para que serve?


A finalidade é detectar, precocemente, doenças ainda não diagnosticadas e afastar os fatores de risco aos quais uma pessoa possa estar exposta.
• É necessário fazer de quanto em quanto tempo?
Varia muito conforme cada caso. Mas, de maneira geral, deve ser feito no máximo a cada dois anos.


Qualquer médico está autorizado a fazer o check-up?


Sim, inclusive é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde. Basta observar as campanhas para vacinação e prevenção do câncer de mama, entre outras. Tudo isso é check-up.


Doenças mais comuns detectadas durante o exame.


Diabetes; dislipidemias (gordura elevada no sangue); hipertensão arterial; doenças metabólicas (gota – aumento do ácido úrico –, alterações no metabolismo de cálcio); doenças hormonais, como o hipotireoidismo, que é extremamente freqüente na população brasileira; doenças renais; anemias; distúrbios nutricionais e deficiências vitamínicas.

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